quarta-feira, 24 de junho de 2009

Uma reflexão sobre o diploma para jornalista

O jornalismo brasileiro surgiu 14 anos antes da separação entre Brasil e Portugal. E a sua aparição na sociedade brasileira foi, em decorrência da, necessidade de um público letrado em informar-se, de consumir notícias periódicas, e a implantação da técnica através da tipografia mostra-se mais eficaz do que a comunicação oral.

Desde os primórdios da imprensa verifica-se a importância da técnica e da ciência que é noticiar e, que não se aprende por osmose, ou, pela capacidade de ser autodidata. Se nessa época a profissão de jornalista aprendia-se pela prática era porque ainda não existia catedráticos que ensinassem tal ofício, assim como, era a prática médica considerada um ato mágico-sacerdotal antes da Idade Média.

Os jornais sempre tiveram um papel importante nas grandes decisões políticas do nosso país. Como as revoltas que ocorreram durante a Regência e pós esse período, na luta da abolição da escravatura e também na adoção do regime republicano.

Se o jornalismo fosse uma prática neutra nas sociedades, porque, na Ditadura Militar criou-se a lei de censura? O governo nessa época temia a imprensa, por isso, passou a censurá-la e controlá-la. E o jornalismo não tem importância nenhuma na construção social-político de uma nação. Acreditem nesse discurso e mais tarde veremos as conseqüências que isso trará.

E se jornalista não precisasse de uma formação acadêmica, porque, em países como EUA as empresas de comunicação estão incentivando aos seus profissionais a estudar em faculdades de jornalismo? Leia-se de passagem que lá não é obrigatório o diploma para exercer a profissão de jornalista, mas isso é uma questão de tempo.

Se não precisasse de diploma todas as teorias formuladas sobre o processo de comunicação estão invalidadas, pois, jornalismo não é ciência, não lida com vidas. Vamos pensar assim e, veremos o quão os noticiários não influenciam em nada nas vidas das pessoas que a cada dia tornam-se consumidores ferozes de informações que, a partir, de agora não saberemos se serão verdadeiras ou falsas, elas não lidam com vidas mesmo.

Realmente, para ser jornalista não há necessidade do diploma. Claro, que muitas celebridades, personalidades que proferem em Rede Nacional de Televisão palavras tão analfabetas, não iriam gostar de sentar por no mínimo quatro anos seus traseiros em cadeiras de ferro e enfiar suas cabeças nos livros para entender Teoria da Comunicação e, tampouco, Critérios de Noticiabilidade ou Ética no Jornalismo. Isso para eles seria uma afronta.

E o Brasil caminha mais semi analfabeto.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Brasil me dá asco!!

Ontem, soube de tres notícias que me reviraram o estomago. A primeira, falava da crise no Senado ( Sarney, faz-me sentir cada vez mais vergonha do Brasil ). A segunda, foi a decisão do STF que para ser jornalista não é mais necessário o nível superior. A terceira, foi o atentado na Parada Gay de São Paulo aos homossexuais.

Certamente, todas essas notícias faz com que eu tenha desprezo pelo meu país e por suas instituições que de nada valem. Quando poderemos confiar em nossos representantes? Quando poderemos viver num país onde os interesses particulares não falem mais alto que os coletivos?

Ainda não digeri direito nenhuma dessas informações vista por mim, ontem. A única coisa que consigo sentir é vergonha, vergonha, vergonha!!!

Gostaria de ser um avestruz para enterrar minha cabeça num buraco embaixo da terra.

Meus pesames aos brasileiros!!!


Desabafo de uma estudante de jornalismo que antes de tudo é cidadã e possui RG, CPF, Titulo de Eleitor e Carteira de Trabalho, e que também ainda paga impostos.
 
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