Corram, povo petrolinense que o presidente Lula vai estar em solo pernambucano, aqui entre nós em Petrolina. Essa não é a primeira vez que o nosso Excelentíssimo Presidente vêm ao sertão nordestino, dessa vez o motivo foi a inauguração do Hospital de Emergências e Traumas e da Univasf. É ano eleitoral. E a região sofre graves problemas nas áreas de transporte, abastecimento e saneamento. Cadê a conclusão da reforma da ponte Juazeiro-Petrolina? Os escândalos do cartão corporativo? E a CPI dos Grampos? Realmente, nós não temos problemas.
Lula, pai dos pobres e mãe dos ricos. Foi muito emocionante todo o discurso do nosso presidente. Ressaltou ter vindo de família humilde, o fato de ser nordestino, a sua luta como sindicalista; disse também que o presidente na cronologia histórica da política brasileira que mais fez pela educação foi ele, enquanto, já tivemos sociólogos, mestres, doutores, etc no poder e não fizeram um terço do que foi feito num governo liderado por um técnico torneiro-mecânico. Não lhe tiro esse mérito, mas, por um acaso ele estar na presidência para quê? Desculpe, meu caro presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, não fez mais que sua obrigação.
O que não pode acontecer é o Brasil ser acometido pelo câncer do populismo; não é de um novo Getúlio Vargas que o povo brasileiro precisa, por isso, deve-se reconhecer que se houver investimento na educação, principalmente, oportunizando o acesso às camadas desfavorecidas de recursos, teremos uma população mais consciente e preparada para cobrar das autoridades políticas. Esse pode ser um pensamento reducionista, contudo, problemas sociais são gerados através da ignorância.
Na Era Vargas a política do "homem do povo" que trabalha para os mais pobres encumbriu até a farsa de um país democrático, velando intenções totalitárias. Já que, o populismo marcou esse período que ele fique, somente, nos livros de história, pois, ressuscitar um falso Salvador da pátria não mata fome, não educa, não soluciona os problemas de saúde, não resolve a economia, enfim; não desenvolve uma nação.
Só um dado para o nosso presidente colocar os pés no chão e apelar menos para o emocional; como Jesus Cristo disse: Não é só de pão que vive o homem. Oitenta porcento da população brasileira "sobrevive" com apenas um salário mínimo (quatrocentos e quinze reais). O caminho é longo e a desigualdade é grande; se o Brasil optou por um projeto desenvolvimentista, a príncipio, o desenvolvimento se dá para dentro _feito por brasileiros para brasileiros, e posteriormente, deve-se pensar no mercado externo (China, Índia, Alemanha, Coréia do Sul, Japão, EUA, Europa, etc). Primeiro, resolver os nossos problemas para expandir e competir com qualidade. É como um filho, à priori, os pais lhe dão todas as ferramentas para ele crescer, quando cria asas, sai voando para trilhar a sua história.
P.S.: Se eu fosse escrever esse artigo com o coração estaria cantando: "Lula lá brilha uma estrela. Lula lá cresce a esperança..."