quarta-feira, 1 de setembro de 2010

9 coisas sobre mim

1) Quando fui à praia pela primeira vez, eu era bem pequetita, não lembro a idade, mas recordo muito bem do caranguejo que a princípio fiquei com medo, porém ao ver todo mundo comendo, também não resisti.
2) A minha trajetória foi muito engraçada. Eu estudava desde os três aninhos na escola Pequeno Príncipe. À época eu tinha uma melhor amiga, a Aline Melgaço. Um dia ela disse que ia sair da escola e estudar em outro lugar, eu implorei tanto para minha mãe me tirar da escola também, mas no fim das contas fui para a escola Santo Antônio e ela para a Semente do Saber. Eu me arrependi tanto, no início eu era o centro das atenções, teve até uma coleguinha chamada Amanda que falou para a irmã que eu era japonesa (não sei dá onde ela tirou isso). Mas, eu como uma boa menina falei a verdade que era brasileira. Enfim, lembro que nessa época eu brincava de pula corda, queimada ou baliô, elástico, peão, andava de bicicleta pelas ruas, jogava bola e brigava com todos os meninos, era metida a valente e diga-se de passagem bati mais do que apanhei.
3) O primeiro livro que eu li foi aos cinco anos, O Menino que Acendeu as Estrelas. Caramba, foi muito interessante o jeito que escolhi esse livro! A professora Valmira colocou um monte de livros pelo chão e pediu que a gente pegasse o que quisesse, tinha vários livros repetidos, a maioria das meninas escolhiam os que tinham princesa, eu vi o título desse e gostei, só um único exemplar, fui rápida e peguei para mim.
4) Eu nasci e cresci em Euclides da Cunha, cidade baiana. A raiz da minha família é toda da Bahia. A minha infância foi uma das melhores fases da minha vida. Nessa época eu vivia sem grandes responsabilidades, a minha maior preocupação era estudar rápido para ir brincar. E pense que eu era uma criança ativa, danada, uma moleca. Em minha casa não ficava nenhuma secretária, pois todas iam embora por minha causa e o pior que elas diziam a minha mãe que não me aguentavam, então era uma surra e um castigo. A pior travessura que já cometi foi quando fui passar as férias na casa de minha tia Neiza, daí eu peguei pimenta e coloquei nas minhas mãos, depois corri atrás das minhas coleguinhas, não as alcancei, mas depois de um tempo esqueci e passei a minha mão nos olhos, eles incharam e ficaram vermelhos, a minha tia quase teve um troço.
5) Há muitas lembranças da minha época de escolinha. Uma delas foi que eu era apaixonada por um menino da minha turma e coloquei no meu diário um coração e dentro escrevi Meg e Yuri. As meninas roubaram meu diário e viram isso, servir de piada por pelo menos quase o ano inteiro. Antes nós brincávamos sempre juntos, depois ele se afastou e começou a colocar apelido em mim, era coisa de menino mesmo. Ele dizia: “Deus me livre namorar” e eu toda triste. No meio do ano nós sempre dançávamos quadrilha quando ele soube disso não quis mais dançar comigo... rsrsrs...
6) O primeiro disco que eu tive foi da Xuxa, não lembro o nome. O primeiro filme no cinema se eu não me engano ou foi da Xuxa ou foi dos Trapalhões. Quando eu ia ao shopping ver algum filme, antes eu passava na sorveteria e adorava tomar aquele potão de sorvete, eu detonava sozinha. E, quando minha mãe ia ao supermercado e comprava um monte de guloseimas para mim e minhas irmãs (tenho duas irmãs uma de 19 anos e a outra de 20), nós comíamos tudo em questão de segundos. Minha mãe para evitar essa situação escondia as gostosuras da gente, mas quando descobríamos o esconderijo, não sobrava nada para contar a história e minha mãe enlouquecia com tudo isso.
7) A primeira vez que subi no palco eu tinha onze anos, estava na quinta série, tirando, claro, quando aos seis anos declamei uma poesia no dia das mães. Cara, quando subi no palco era para fazer uma apresentação sobre a Guerra de Canudos, as minhas mãos tremiam, meu corpo todo tremia, mas eu fui valente e falei tudinho, pense. Eu nunca vou esquecer e teve um menino irmão de uma colega de classe, o Pedro Henrique, ele ficou tão nervoso que esqueceu a fala. Mas, todo mundo relevou... eu só escutava o povo falando “tadinhos, eles são tão novos”. Depois fui estudar em São Paulo e fiz teatro no Teatro Escola Macunaíma e aos quinze anos atuei na peça teatral Rosa de Cabriúna, interpretei Miosótis, no mesmo ano fiz Antígona, no qual interpretei o papel principal. Aos dezesseis anos fiz A Lira dos Vinte Anos, também interpretei um dos personagens principais, era Diogo mas adaptamos e passou a ser Giovanna, no mesmo ano fiz a peça As Mulheres de Shakespeare, onde interpretei Ofélia. Esse tempo sempre vai ficar guardado na minha memória.
8) Meu primeiro emprego, não sei se chamo de primeiro emprego, mas pode ser de primeira experiência. Na juventude eu era muito mais romântica do que sou, quando tinha quinze anos fui militante estudantil e também entrei no movimento feminista. A questão de gênero sempre fez parte da minha vida, eu defendia meus ideais com tanta força e determinação. Enfim, fui presidente de Grêmio estudantil, no EPAM, a escola em que estudei o ensino médio, fui dirigente da UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), também fui dirigente da UBM (União Brasileira de Mulheres) e durante esse período trabalhei na campanha para eleger Lula. Depois de muito tempo, aos 21 anos trabalhei na Caixa Econômica Federal.
9) Eu tenho tanta coisa para falar. Meu Deus, como é bom lembrar os anos que se passaram! Eu sou saudosista e não nego. Adoro lembrar, como diz o ditado “lembrar é reviver”. Bem, lembro também dos trotes de faculdade. Ah, meu primeiro trote não foi na facul, não! Foi no EPAM, os alunos que entravam no 1º ano do colegial sofriam um trote, os veteranos pintavam a gente e faziam pegadinhas. Cara, eu tive que ficar conversando com uma árvore. Hoje, eu dou gargalhadas dessa época. Lembro carinhosamente de Diego Sapata, Adriana, Alex, Márcio, Camila, Marcelo conhecido como Chê, da galera do grêmio Eduardo (ele só pode está estudando em Harvard, era super nerd), Juliana (brigávamos tanto, mas depois fazíamos as pazes), também não posso esquecer da coordenadora pedagógica, um amor de pessoa, Selma, a diretora que era um terror acho que se chamava Regina. Se caso esqueci de alguém mil desculpas, são tantas as pessoas, mas eu lembro de todos com muito carinho.
Depois quando eu for passar as férias na casa dos meus pais selecionarei algumas fotos e postarei aqui mesmo nesse post, pois o meme que eu vi no blog Pensar enlouquece, pense nisso vinha com fotos também, mas é que nesse momento todas as minhas fotografias do passado estão na casa dos meus papis.
P.S.: Esse post é um meme do blog Pensar enlouquece, pense nisso eu vi e adorei e como tudo na vida nada se cria e sim, se copia, quer dizer, se reinventa, também fiz um parecido aqui no meu blog e indico algumas pessoas para dá continuidade ao meme, como: Ilana (onde os peixes voam), Jaqueline (JaqueSou), Renata (Letras saltitantes), Meus instantes, meus momentos, Varal de Ideias e A Monga e a Executiva. Vai dar um meme bem hilário dessa galera. Mas, quem quiser fazer e não foi citado aqui pode ficar à vontade para postar em seus respectivos blogs, mas depois deixe o link aqui.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

MOSAICO DE DOIS


imagem da internet

Estavam todos compenetrados, alguns com uma xícara de café em uma mão e um cigarro na outra, outros digitando em seus notebooks, enquanto alguns outros simplesmente liam jornais. A minha ansiedade exprimia-se pelos movimentos das minhas mãos e o meu olhar assustado, isso era perfeitamente aceitável, meu chefe disse no dia anterior que tinha uma missão para mim, em meus pensamentos imaginava uma luta entre titãs, ou, algum elogio, mas sinceramente estava mais para pepino do que doce de goiabada, se tratando do chefe que tenho, enfim.
Sentei na penúltima cadeira, estratégia de quem não queria ser notado. Isso ao menos funcionava nas perseguições da minha vida acadêmica. Mais tão logo ele esbraveja: “Ei, mocinha! Preste atenção, pois deixei essa especialmente para você. Nós queremos fazer uma homenagem a dois grandes escritores, um é português e a outra é inglesa, um não tem nada a ver com o outro, mas como sei que você é perspicaz saberá costurar um belo diálogo entre eles”. Não esperava por isso, até então, só cumpria tarefas simples e rotineiras. Ele completou: “Não está curiosa para saber quem são?”. Confesso ter ficado tão surpresa que não expressei nenhuma reação. “Bem garota, eu quero que faça uma entrevista com Virgínia Woolf e José Saramago”. Como assim? “O quê esperava? Lady Gaga? Ora, ora... vamos, mãos à obra!”.
Saí daquele local meio zonza. Como iria cumprir com o que me foi designado? Realmente, essa resposta eu não tinha. Eu nem sabia por onde começar. E agora, José? Em terra de cego, todos aprendem a enxergar de acordo com a cegueira. Olhos, para que vos quero? Senão, para avistar novos olhares. Cérebro, para que te quero? Senão, para dá asas a imaginação. Contudo, precisava urgentemente encontrar alguma resolução antes do pôr do sol.
Procurei todos os meus exemplares de ambos os escritores. Li e reli. Revirei pelo avesso. Novamente rerevirei. Não consegui chegar à conclusão nenhuma, muito menos pensei em alguma pergunta. Eles que pertenciam as minhas remotas lembranças, com as quais chorei, ri, sonhei, suspirei, refleti, voei, etc. Então, mergulhei no inalcançável e inimaginável. Talvez, não fosse esse o desejo do meu chefe, mas foi onde derrapei de mil metros de altura, ou seja, me joguei do pico Monte Everest.
MOSAICO DE DOIS. Esse foi o título da minha missão. Virgínia a princípio um pouco relutante e cautelosa. No entanto, me convidou para um chá. Divagou sobre todas as coisas. Se perdeu e se encontrou. Me fez perder-me e fez-me encontrar-me. Ainda soube como ninguém não completar as lacunas. “Minha querida não existe verdades, muito menos conclusões. Elas não existem, só na imaginação”. Uma eterna reticência.
Saramago, também não me deu certezas. “Sabe só quero saber de essências, nada mais me importa”. Eu saí atônita. “Procuro encontrar no silêncio todas as respostas das minhas ânsias”. Ainda completou, “olhe lá fora, vês aonde conseguimos chegar e não preciso te falar mais nada”. Deve ser por isso, que as pessoas escrevem, elas não querem explicar, porque, não há o quê explicar. A leitura é o exercício da dúvida. Nunca a humanidade se satisfazerá se por um acaso isso acontecer, não precisaremos mais existir.
“Só sei que nada sei” (Sócrates).
Ao final, a minha missão foi publicada. Meu chefe disse olhando para mim: “Veja, que é preciso muitas vezes ir longe, um longe aqui, entende?”.

sábado, 3 de julho de 2010

Insônia

Já faz algum tempo que a noite tenta me passar a perna. Pois é, sempre dominei o meu corpo e os meus horários, quando queria dormir, eu dormia; quando queria ficar acordada até tarde, lendo, assistindo ou navegando na internet, eu ficava. Mas, nos últimos dias meu corpo não está me obedecendo, insiste em brincar comigo. Pensei, talvez seja algum protesto por sofrer tanta opressão, ou não; apenas seja coisa de criança levada.
No entanto, meus caros leitores, confesso que neste exato momento, às meia noite e meia para ser mais precisa, eu gostaria de estar dormindo feito um anjinho. Pergunto para mim mesma o porquê desta insubordinação e não chego a nenhuma tese. Se ao menos tudo isso não me afetasse durante o dia posterior, mas não, viro um zumbi, quase uma morta viva.
Bem, acho que vou seguir o conselho de minha mãe e antes de dormir irei tomar um chazinho de erva cidreira ou de camomila, porque, ultimamente o sistema está bruto. Eu andei analisando as minhas atitudes nesse período e acho que essa falta de sono é proveniente da mudança de horário que a minha rotina vem sofrendo, pois estava de férias, então me dei ao luxo de dormir mais tarde e acordar também tarde, e agora eu quero dormir cedo para consequentemente acordar também mais cedo. Se estou conseguindo, é esse o problema.
Agora, irei me despedi de vocês e procurar uma maneira de fazer meu corpo voltar a me obedecer. Essa revolta do sono está me deixando extremamente irritada. Ah, como eu queria voltar para minha linda cama e dormir o sono dos justos! Já contei até carneirinhos e nada. Enfim, o que me resta é tentar organizar os meus horários para ver se a minha rotina volta ao normal. Chega de dormir de madrugada e acordar sem ânimo. Agora, quem se revoltou fui eu... rsrsrsrs...

terça-feira, 1 de junho de 2010

"Mademoiselle, garder les secrets de la vie avec vous"

imagem da internet


Ela estava aquecendo-se perto da lareira de sua sala. Pensava, sonhava e parava de existir; orgulhava-se de ter um mundo só seu, diga-se de passagem, completamente caótico, mas era justo isso que a encantava. O único desejo era pertencer ao não-lógico. Já tinha se cansado de todas as explicações. E desceu até o sótão; imaginava encontrar a magia que a faria voar: juntou um pouco de coragem, e misturou com curiosidade, porém acendeu a luz, lá embaixo tudo era mais escuro e as coisas mais estranhas ainda.


Não se contentou em apenas conhecer o sótão e reconhecer pertences antigos, não sabia dizer porquê ainda os objetos estavam ali. A menina queria mais, sua aventura não acabaria naquele exato momento. Mexeu desesperadamente em tudo, espirrou com toda velharia, mas só ela sabia o segredo.


De repente seus olhos brilharam um chapéu florido, um xale e um pedaço de papel escrito: “Querida, não demorarei. Não se preocupe e não se irrite, sempre voltarei. Assinado: Seu passarinho”. O que significava todas essas palavras? Os sótãos guardam tantas confidências. As pessoas nunca se libertam delas.


O mais esquisito é que ela sabia inconscientemente que pertencia a esse mundo. Encontrou uma vitrola tão velha e alguns discos espalhados pelo chão: “Isso aqui não vai funcionar”, pensou a menina um pouco decepcionada. No entanto, ligou a relíquia (não poderia ser chamado de outra coisa de tão antigo que era), não é que o negócio começou a tocar uma música, a melodia mais doce que já ouvira em toda sua vida.


Era uma voz veludosa e dizia algo em francês, alguma coisa, como: "Mademoiselle, garder les secrets de la vie avec vous". Para interromper as suas descobertas, outra voz, agora desta vez, era uma voz incisiva e aguda: “Alice, você está aí embaixo? Suba, menina, suba logo, pois está na hora do jantar”. E ela se foi com os segredos só dela.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Janis Joplin

Criança, a vida é fácil
Os peixes pulando fora d'àgua
E o algodão, Senhor,
O algodão está alto, Senhor, tão alto.
Seu pai é rico
E sua mãe é de tão boa aparência
Ele parece bem agora
Calma, baby, baby, baby, baby, baby,
Não, não, não, não, não chore
Não chore!
Em uma destas manhãs
Você estará crescendo, cantando animada
Você estará alargando as suas asas,
Criança, e alcançar, alcançar o céu,
Senhor, o céu.
Mas ate esta manhã
Querida, nada vai te machucar, Não, não, não...
Não Chore.

Quem foi essa mulher dona de uma voz extraordinária?

Janis Joplin nasceu numa cidade chamada Port Arthur, no Texas, EUA. Iniciou sua carreira como cantora na banda Big Brother and the Holding Company, mas logo depois seguiu sozinha. Desde a juventude chamava a atenção pelo seu estilo rebelde, vestia-se como os poetas da geração beat.

Ela cresceu ouvindo músicos de blues, tais como Bessie Smith e Big Mama Thornton e cantando no côro local. Joplin concluiu o curso secundário na Jefferson High School em Port Arthur no ano de 1960, e foi para a Universidade do Texas, na cidade de Austin, onde começou a cantar blues e folk com amigos.

Janis gostava muito da liberdade, sua vida sempre foi desapegada às regras sociais. Muito cedo se envolveu com drogas, por volta de 1963 o seu vício aumentou aceleradamente. Ela passou a usar heroína e também começou a beber com mais frequencia, uma de suas bebidas preferidas era Southern Comfort.

À época Janis passou por uma fase muito difícil, pois não conseguia mais controlar o seu vício. Começou a considerar as drogas mais importantes do que a sua carreira profissional. E chegou até a afetar a sua saúde. Logo depois, retornou para Port Arthur com o objetivo de se recuperar.

Enfim, ela teve uma vida repleta de altos e baixos e, com certeza pode ser considerada uma das melhores cantoras do século XX. Não posso deixar de falar da sua grande participação no festival de música Woodstock que marcou a geração da década de 1970. Revolucionária, extraordinária, incrível, maravilhosa e única essa era Janis Joplin que morreu de overdose de heroína em fevereiro de 1970. Uma estrela que sempre brilhará no céu.

Para você querida:
Sempre será época de verão, sempre.


domingo, 11 de abril de 2010

Ídolos


Olá, galera!

Bem, agora eu vou inaugurar uma nova série aqui em meu blog. Todo mês irei postar uma homenagem aos meus ídolos, às pessoas que durante a minha adolescência eu admirava loucamente... adolescente tem disso... rsrs... E também essa série vai ser uma maneira de me aproximar das pessoas que lêem os textos do blog. Certa vez, um amigo me disse que a gente conhece as pessoas pelos seus gostos. Então, minha gente fiquem à vontade para opinar, dar sugestões, participem porque esse espaço é de todos nós.
Para iniciar eu vou falar de um cara que admiro até hoje e se ele estivesse vivo completaria no dia 27 de março de 2010 cinquenta anos, é o nosso grande e inesquecível Renato Russo. Esse sobrenome ele adotou para homenagear os filósofos Jean-jaques Rousseau e Bertrand Russel e ao pintor Henri Rousseau. Renato iniciou a carreira como cantor na banda Aborto Elétrico que não deu certo por causa das brigas com o baterista Felipe Lemos.
O cantor após a sua saída da banda Aborto Elétrico tentou seguir a carreira sozinho , sendo conhecido como o Trovador Solitário. Mas, por pouco tempo, pois logo em seguida montou a banda Legião Urbana com Marcelo Bonfá e vendeu cerca de 20 milhões de discos. Com a banda Legião Urbana Renato ficou conhecido nacionalmente, formando uma grande quantidade de fãs.
Ele também estudou jornalismo no Centro de Ensino Unificado de Brasília – CEUB. Antes de fazer sucesso como músico chegou a trabalhar no ministério da Agricultura e dar aulas particulares de Inglês. Ele também tentou a carreira de radialista, chegando a comandar um programa sobre Jazz. O tão querido Renato Russo morreu em 11 de outubro de 1996, aos 36 anos, em consequência de complicações causadas pela Aids. Era soropositivo desde 1989, mas jamais revelou publicamente sua doença.Quando morreu estava pesando 45 quilos.
Enfim, isso é um pequeno resumo sobre o poeta da década de 1990, é dessa forma que o chamam, com certeza ele é muito mais suas canções possuem letras tão bem escritas e mensagens lindas de amor, paz, etc. o seu maior sonho era um mundo melhor, e ele acreditou tanto que propagou suas ideias através da música. Minha mãe uma vez disse que “os bons morrem cedo”, talvez tenha sido por isso que ele se foi tão jovem. No entanto, estará eternamente em nossas mentes e corações. Logo abaixo, dois vídeos com as minhas músicas preferidas do cantor e compositor Renato Russo.



domingo, 28 de março de 2010

Estaca Zero (impressões sobre o BBB10)

Estaca zero

Ao saber que a Rede Globo iria colocar três homossexuais assumidos no Big Brother Brasil, logo pensei que ‘ideia bacana’ a emissora introduzir no centro das discussões do telespectador médio, a homossexualidade. Mas, veja no que deu nem a televisão, nem a sociedade estão preparadas para conviver sem preconceitos, com harmonia.
Bem, antes de expressar a minha opinião a respeito da eliminação dos três homossexuais, e afirmar se houve manipulação ou não no sistema de votos, até porque, não sou perita em tecnologia e não tenho provas para ratificar que ocorreu roubo. Então, irei postar algumas pérolas do futuro campeão do reality show, Marcelo Dourado. Elas são as seguintes:
1- “Não suporto Caetano Veloso, vomitaria em cima dele”. (dita na edição do BBB4);
2- “Heterossexuais não pegam Aids, somente aqueles que praticam sexo com homossexuais. Eu como sou macho não uso camisinha”;
3- “Mulher tem que pastar, até conseguir alguma coisa comigo”;
4- “Espancaria Angélica se o programa não fosse gravado. Eu quebraria o dedo dela e bateria até ela ir parar no hospital”;
5- “Conversas sobre sexo homossexual me dá náuseas”;
6- “Cala sua boca Anamara! ” (gritou com toda a sua arrogância de homem macho);
7- “Não quero que toque música baiana na última festa, principalmente reboletion";
8- Sem falar que em uma prova dentro do programa, onde os participantes para eliminar uns aos outros teriam que cortar hipoteticamente a cabeça dos seus adversários. Dourado o que fez? Pacientemente cortou não só a cabeça de Anamara, mas os seus braços, suas orelhas, o nariz e os seus seios. Em uma análise mais profunda, pois o corpo fala, essa atitude demonstra que ele pode ser um homem agressivo. Não estou afirmando categoricamente, é uma interpretação do que assisti.
Agora, quero fazer algumas ressalvas no texto em que Bial falou na eliminação de Dicésar no paredão contra Dourado. Se vocês perceberam o apresentador do programa estava de amarelo, coincidência a cor da torcida do lutador ser dourada, né?! Outro fato interessante foi Bial afirmar que Dicésar falou as seguintes palavras, “Eu sempre quis um homem assim. Dourado é para casar”. Nem Dicésar , nem Dourado se lembravam disso. MAS, QUERO DIZER SENHOR PEDRO BIAL QUE NÓS MULHERES NÃO QUEREMOS UM HOMEM COMO DOURADO PARA MARIDO, NEM COMO PAI, PADRASTO, CUNHADO, GENRO, IRMÃO, ETC; (DIGO EM CAPS LOCK MESMO).
Depois Bial pediu que eles se cumprimentassem como os lutadores japoneses selando a paz. Logo em seguida, o apresentador engatou com uma frase “mais do que lindo, exemplar. Isso mesmo se curve ao ganhador... Vem fazer o que você sempre fez aqui fora. Vem lutar aqui fora, Dicesar." Nas entrelinhas é como se Bial quisesse dizer que a sociedade compreende os homossexuais, mas eles sempre terão que se submeter aos valores patriarcais e machistas. Outra parte que me deixou intrigada, “Vocês sabem que violência não é a solução”. Como assim? Não é o que os fatos dizem.
Segundo o antropólogo Luiz Mott, o Brasil é o país que mais comete assassinatos contra homossexuais. Os dados falarão por si só, são cerca de 132 mortes ao ano. E o antropólogo deixa bem claro que entre essas mortes, apenas 8 foram crimes passionais e 5 por motivos fúteis. Eu tomei o texto do apresentador Pedro Bial que ao mesmo tempo em que fala de preconceito, o deixa velado nas entrelinhas, no entanto irei recorrer as suas próprias palavras para dizer que voltamos a estaca zero com a exibição de um cara cheio de preconceitos em rede nacional. Por isso, parafraseando Bial “aqui fora vocês têm que encontrar um meio. Um meio de se entender, de conviver, de dividir, de compartilhar... Bandeira branca, amor. Eu peço paz”.

 
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