sábado, 30 de agosto de 2008

Chaos que tende a um por vir

Andando pela rua uma ventania me surpreende, ao meu redor folhas "secas" que caíram de uma árvore a poucos metros de distância de mim. Pus-me à pensar que aquela árvore e suas folhas "secas" poderiam representar o terceiro estágio de amadurecimento do ser humano, foi assim que me senti como se estivesse espalhando folhas "secas" por onde passo, embora, sinto-me no primeiro estágio de maturação. Sei que estou diferente, eis que não sou mais a mesma.
Esta mudança se deve ao fato da faculdade. Aqui estou exposta ao processo de auto-conhecimento, estou aprendendo a lidar com a vida, a conviver com a diversidade, a saber que nada sei e ainda tenho muito à aprender, a construir amizades eternas; enfim, sinto que realmente estou me transformando em mulher.
Aqui na faculdade aprendi que chorar não é motivo de fraqueza e sim de coragem, que cometer erros é natural e que se aprende com eles, que a vida "é doce mas não é mole, não," que tenho um caminho a percorrer e que mudar de opinião ou de trajeto não significa indecisão, mas, sim que a vida não é uma reta linear e tudo muda o tempo todo no mundo.
Amadurecer, segundo o dicionário de protuguês:
1- Tornar maduro (o fruto, o grão, etc.); sazonar, madurar, maturar, madurecer, amadurar;
2- Fazer chegar a estado de amadurecimento, aprimoramento, aperfeiçoar, aprimorar;
3- Fazer chegar a um estado de evolução comparável à madureza dos frutos;
4- Fig. Tornar maduro, assisado, prudente, experiente,;
5- Deter-se longamente em; ponderar, pesar.
Quando eu era criança imaginava que nos meus vinte e poucos aninhos, eu já seria uma mulher profissionalmente realizada, com filhos e casada. Engraçado para as crianças a idéia de ser adulto é tão longíqua que ela não se dá conta que a casa dos vinte anos está devidamente próxima e é justamente nessa época que o mundo descortina-se para as pessoas, onde a vida começa a desabrochar, como uma flor adormecida.
Não vou menti que sinto saudades do que eu era, da minha infância, das brincadeiras de rua, da escola, dos amiguinhos, mas, não vou menti que estou adorando essa fase ao qual passo. São tantas as descobertas. É como se eu mergulhasse nas profundezas do mar e lá encontrasse corais belíssimos, algas verdíssimas, alguns peixinhos glub-glub, tubarões e algumas lulas. Uma incrível viagem sem passagem para retorno. Aqui jaz um desabafo de uma menina que aos poucos está se descobrindo.

P.S.: Caos: Do grego χάος ("abismo tenebroso"), através do latim chaos.

6 comentários:

Emerson Rocha disse...

Meg,adorei o texto...
Nessa nova fase de nossas vidas, longe dos pais, dos antigos amigos, da nossa cidade aprendemos coisas que nunca passaram por nossas cabeças: choramos, brigamos, dançamos, até enchemos a cara de vez enquando. Tudo faz parte do nosso aprendizado, estamos nos tornando homens e mulheres de verdade; somos os donos de nossas vidas.como disse Cartola:"o mundo é um moinho"

Ilana Copque disse...

Eu to é virando criança de novo. Aprendendo a aprender mais uma vez...Novo ponto de vista do mundo, mundo mais cão, corpo mais amadurecido, mas ai voltamos ao estágio zero da jornada, pq sinceramente.. largar velhos valores é como voltar a infância mais uma vez...

Isabella MenSant! disse...

Adoorei o Blog...
Eu tbm me sinto assim, amadureçendo aos poucos. MAs a vida é assim mesmo neah??
Passa lah no meO depois?
XerOo

lou disse...

Ow Meg, eu ja tinha visitado seu blog...comentar eh que são elas...rsrsrsr.
Adoro seus textos, seu estilo, enfim...sou suspeita para críticas...sua fã...
Beijus

Anônimo disse...

Parabéns Meg, pelo Blog!
MAturidade... um dia ela chega...
sempre vem... sufoca a inocência e o q podemos fazer? hehehhe
"Coisas que eu sei", ou melhor, nós! ehhehehhe
Abração forte!

Anônimo disse...

Grande Filósofa, Meg Saiara!

Eu ainda estou me perguntando: - O que devo a honra de ter sido convidada por ti para vir a este mundo abstrato, mas ao mesmo tempo que é tão concreto em nossas vidas?

Expor o que vc sente e pensa. Ou melhor, mostrar as suas diversas formas de ver o mundo, de escrevê-lo e senti-lo, sem ter a vergonha ou medo do olhar ou julgamento do leitor, faz de vc uma pessoa admirável.

Homiiii...

Vamos deixar aqui de formalismooo

\o/

kkkkkkkkkkkk

É o seguinteee...ameiiii. É cada viagem!!! AUnfff...só vc mesmaa né!? Daqui a pouco vai tá virando um Carlos Drummond, Mário de Andadre, Osvald de ANdrade...hauhauhau

Bjoo!

 
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